TRANSPLANTE DE ÚTEROS TORNA-SE REALIDADE E HOMENS AGORA PODEM ENGRAVIDAR
- Victor Eduardo
- 1 de fev. de 2016
- 2 min de leitura
Pesquisadores da Cleveland Clinic, nos Estados Unidos, esperam realizar, nos próximos meses, o primeiro transplante de útero. O intuito é que o transplante seja temporário.

O útero seria removido após a mulher ter um ou dois bebês, pois é preciso tomar medicamentos regularmente para que ele não seja rejeitado pelo organismo.
Claro que sempre existe a possibilidade da adoção e a maternidade não é uma obrigação. Muitas mulheres, por questões pessoais, culturais ou religiosas, acabam deixando isso de lado.
Prós e Contras
Os úteros seriam retirados de mulheres já mortas, o que significa uma necessidade em tomar especial cuidado com sua condição. A gestação, em um caso desses, seria arriscada demais; especialmente devido à medicação necessária contra a rejeição do útero, levando em conta que o feto também estaria sujeito a ela.
Oito mulheres americanas já estão em exames na clínica, esperando por uma possibilidade de realizar o transplante. Uma delas, uma jovem de 26 anos com duas crianças adotadas, diz que ainda quer ter a chance de experimentar a sensação de estar gravida e dar à luz.

Homens grávidos?
Considerando as possibilidades citadas acima, surge a questão: seria possível trocar a mulher por um homem no processo? E a resposta, surpreendentemente, é positiva.
“Seria uma enorme iniciativa cirúrgica e endócrina e envolveria não só a criação de uma vagina, mas também uma reconstrução cirúrgica de toda a pélvis por algum especialista em cirurgia transgênera”, informou a doutora Rebecca Flyckt, ginecologista-obstetra e especialista em endocrinologia reprodutiva.
“Depois desse procedimento e do enxerto de um útero doado, seria necessário um complexo regime hormonal para suportar a gravidez antes e depois da transferência do embrião. ”
No procedimento tradicional, a mulher só depende de esperma doado, uma vez que já tem seus próprios óvulos. Entretanto, os embriões seriam criados usando esperma do próprio paciente e os óvulos de um doador, enquanto o que ocorre atualmente é o contrário.
A Dr.ª Flyckt já antecipou que tal descoberta levantaria esse tipo de curiosidade.“Eu imaginei que haveria interesse nessa aplicação (…) pela comunidade transexual. Todavia, pelo menos na presente situação, nosso protocolo é limitado apenas a mulheres sem úteros funcionais.”
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